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"Foi
anunciada, em abril de 2012, a descoberta do maior dinossauro com penas
já encontrado, uma espécie prima do tiranossauro e que pode
pesar mais de uma tonelada e chegar a nove metros de comprimento.
Os três esqueletos - um exemplar adulto e dois filhotes -, foram
encontrados na província de Liaoning, na China. Os animais viveram
durante o período Cretáceo Inferior, informou a revista
"Nature".
Os cientistas chineses e canadenses que descobriram os fósseis
batizaram a espécie de "Yutyrannus huali" ("belo
tirano com penas"), numa mistura de latim e mandarim.
Os paleontólogos tinham conhecimento há mais de uma década
que alguns pequenos dinossauros tiveram plumas semelhantes às dos
pássaros, graças às descobertas de vários
fósseis nesta região chinesa. Mas o achado anunciado hoje
mostra que existiu pelo menos uma grande espécie que também
tinha penas.
Enquanto os dois filhotes deveriam pesar cerca de meia tonelada, o exemplar
adulto teria alcançado 1.400 quilos e nove metros de comprimento,
dimensões que o transformam no maior animal com penas que já
existiu.
Seu tamanho era consideravelmente menor do que seu primo Tiranossauro
Rex, mas quarenta vezes maior do que as espécies com penas anteriormente
descobertas.
Engana-se, porém, quem pensa que as penas do "Yutyrannus"
eram belas como as de alguns pássaros atuais. Sua plumagem "eram
simples filamentos e se pareciam a de um pintinho", explicou Xu Xing,
principal autor do artigo e pesquisador do Instituto de Paleontologia
e Paleoantropologia de Vertebrados de Pequim.
Os cientistas acreditam que as plumas tinham uma função
isolante, já que sua escassez e o grande tamanho do dinossauro
descartam totalmente que a espécie pudesse voar.
Ao contrário de seu parente, o tiranossauro, que viveu numa época
quente, o "Yutyrannus" habitou a Terra em meados do Cretáceo
Inferior, um período que se estendeu de 145 milhões de anos
a 98 milhões de anos atrás, e no qual as temperaturas caíram.
Por isso suas penas devem ter servido para proteção contra
o frio.
A descoberta, afirmou o autor do estudo, pode ser uma prova de que "as
penas estavam muito mais disseminadas do que os cientistas pensavam até
poucos anos, pelo menos entre os dinossauros carnívoros."
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