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"Jerusalém
(em hebraico moderno: ???????, Yerushaláyim; em hebraico clássico: ??????;
em árabe: ?????, al-Quds: em grego ??????????, Ierossólyma), historicamente
também chamada de "Sião" e "cidade de Davi", é uma antiga cidade do Médio
Oriente, com grande importância para religiões como o judaísmo, o cristianismo
e o islã.
Jerusalém serve como a capital de Israel; a Autoridade Palestina reivindica
a soberania da parte oriental da cidade, onde pretende estabelecer a capital
de um futuro estado independente palestiniano. Os naturais de Jerusalém
são chamados de jerosolimitanos, jerosolimitas, hierosolimitanos ou ainda
hierosolimitas (do nome da cidade em grego). Yerushalmi ??????? no hebraico.
Geografia
Jerusalém está situada a 31° 46?45?N 35° 13?25? E na extremidade de um
planalto, a oeste do Mar Morto, a cerca de 50 quilómetros do Mar Mediterrâneo.
A cidade situa-se num altiplano a 785 metros acima do nível do mar. Rodeado
por vales, os que se encontram a norte são menos pronunciados que os restantes.
As suas colinas são de calcário.
O clima de Jerusalém é seco e quente, com pluviosidade e temperaturas
mais amenas no inverno. As temperaturas médias oscilam entre os 24 graus
Celsius em Agosto e os 10 graus em Janeiro.
A sua pluviosidade média anual ronda os 600 mm. Durante o outono e a primavera
é comum a existência de um vento seco e quente, chamado em hebreu sharav
ou khamsin em árabe. A humidade diária ronda em média os 62 % durante
o dia, mas pode descer para 30 % ou 40 % durante o período do vento sharav.
A Cidade Antiga A cidade de Jerusalém inclui o sítio Cidade Antiga de
Jerusalém e seus Muros, Património Mundial da UNESCO. Uma rua da Cidade
Antiga perto do Portão de Jafa.
A chamada "Cidade Antiga" é uma área em forma rectangular rodeada por
uma muralha mandada construir em 1538 (ou 1542) pelo sultão otomano Solimão,
O Magnifíco. Oito portões permitem o acesso à Cidade Antiga. Ela é o centro
histórico de Jerusalém e nela se concentram os principais locais sagrados.
Está dividida em quatro partes: a judaica, a cristã, a arménia e a muçulmana.
A Cidade Antiga e as suas muralhas foram nomeadas pela UNESCO Património
Mundial da Humanidade em 1981. Entrada principal para a Basílica do Santo
Sepulcro. O bairro cristão ocupa a parte noroeste da Cidade Antiga e o
seu monumento principal é a Basílica do Santo Sepulcro. Inclui o Portão
Novo, partilhando o Portão de Jafa com o bairro arménio (que se encontra
no sudoeste) e o Portão de Damasco com o bairro muçulmano.
Nesta área passa também a Via Dolorosa, o caminho que se julga ter sido
percorrido por Jesus com a cruz antes de ser crucificado. O bairro muçulmano
situa-se a nordeste e inclui o Portão de Herodes, o Portão dos Leões (ou
Portão de São Estevão) e o Portão Dourado. Nele se situa o Haram ash-Sherif
(conhecido como "Monte do Templo" pelos judeus), um santuário no Monte
Moriá, onde estão duas mesquitas: a Cúpula da Rocha (ou Mesquita de Omar)
e Mesquita de Al-Aqsa. O bairro judeu, a sudeste, inclui a Portão dos
Detritos e o Portão de Sion, a sul do qual se situa o Monte Sion e o Túmulo
do rei David.
A Cidade Nova Edifício da Knesset
A população que habita a parte Oriental é árabe, enquanto que a maioria
dos habitantes da parte Ocidental de Jerusalém são judeus. Na parte Ocidental
situam-se a Knesset (o parlamento de Israel, inaugurado em 1966)
Governo
Atualmente Jerusalém é um município em Israel e também a sua capital e
a sede do governo, embora não seja reconhecida como tal por muitos países.
A cidade é governada por um conselho municipal composto por 31 membros
eleitos cada quatro anos.
Desde 1975, o presidente da câmara (prefeito) é eleito por sufrágio directo.
O Ministério para os Assuntos Religiosos israelita tem responsabilidade
pelos locais sagrados da cidade, embora cada comunidade religiosa deva
zelar pela preservação dos seus edifícios.
Demografia
Jerusalém é uma cidade heterogénea onde estão representados grupos de
uma vasta diversidade religiosa, nacional e sócio-económica. A sua população
é de 706 mil habitantes (2004), a maioria dos quais são judeus.
Cada comunidade da cidade habita em zonas residenciais próprias. Entre
os judeus existem zonas habitadas por ultraortodoxos, conservadores e
seculares. Nos bairros ultraortodoxos não é permitida a entrada de carros
durante o Shabat.
A população muçulmana (que na sua maioria é árabe) é a mais homogénea
da cidade, enquanto que a minoria cristã divide-se numa série de denominações.
Os muçulmanos são na sua maioria sunitas.
Economia - O mercado árabe de Jerusalém
Motivados pelo desejo de manter o carácter tradicional da cidade, as autoridades
não encorajaram o desenvolvimento de indústrias pesadas dentros dos limites
citadinos. Existem em Jerusalém algumas pequenas indústrias relacionadas
com a indústria química e farmacêutica, indústrias de material elétrico
e electrônico, de processamento de alimentos, mobiliário, têxteis
e papel. O setor terciário, relacionado com os serviços públicos e com
a administração do governo israelita, dá emprego à maior parte da população
(cerca de dois terços).
O turismo é particularmente importante para a economia local, encontrando-se
ligado às peregrinações religiosas de europeus e habitantes da América
do Norte, realizadas no contexto das festas judaicas ou de festas cristãs
como o Natal e a Páscoa.
Apesar do rendimento médio dos habitantes da cidade ter crescido desde
1967, fruto em larga medida da atividade turística, existem situações
de pobreza extrema entre muçulmanos e judeus ortodoxos residentes na Cidade
Antiga, bem como entre os judeus oriundos das comunidades de África e
da Ásia.
Cultura e educação - Museu Torre de David
O Museu de Israel, fundado em 1965, inclui uma colecção de objetos das
comunidades judaicas da Diáspora, colecções de arte, um jardim dedicado
à escultura, bem como uma ala arqueológica. Os famosos Manuscritos do
Mar Morto encontram-se nesta instituição, numa espécie de mini-museu interno
chamado "Santuário do Livro".
O Museu Rockefeller (fundado em 1938) centra-se na arqueologia da Terra
Santa, enquanto que o Museu Torre de David, localizado na "Citadela" -
uma construção fortificada essencialmente medieval, mas que possui achados
arqueológicos de praticamente todas as épocas - analisa os 4000 anos de
história da cidade.
O Museu Yad Vashem é dedicado à memória dos judeus mortos durante o Holocausto,
funcionando também como instituição educativa. Perto da mesquita de Al-Aqsa
funciona um museu islâmico.
O Instituto L.A. Mayer de Arte Islâmica (fundado em 1974) concentra peças
de olaria, tapeçaria e jóias oriundas de todo o mundo islâmico.
Jerusalém é dos centros acadêmicos de Israel.
Nela se situa a Universidade Hebraica, que possui instalações em Givat
Ram e no Monte Scopus. Outra importante instituição educativa e cultural
é Academia de Artes e Design Bezalel. Na cidade existem também instituições
acadêmicas de renome internacional, como a "École Biblique et Archéologique
Française" (1890), o "Studium Biblicum Franciscanum" (1924), o Pontifício
Instituto Bíblico, a Escola Britânica de Arqueologia (1919) e o Instituto
Ben-Zvi. Estas instituições possuem todas bibliotecas com colecções de
valiosos manuscritos relacionados com a história da região.
Embora a maior parte dos jornais israelitas tenham as suas sedes em Tel-Aviv,
o "Jerusalem Post" é publicado nesta cidade em língua inglesa. As instalações
da televisão e rádio públicas israelitas (IBA, Israel Broadcasting Authority)
também estão sediadas em Jerusalém. Um importante jornal árabe de Jerusalém
é o "Al-Quds".
Religião
Jerusalém tem uma grande importância simbólica nas três religiões abraâmicas,
nela se situando locais que são sagrados para estas tradições religiosas.
Muro das Lamentações
No judaísmo, dois dos seus principais festivais, o Yom Kippur e o Pessach,
terminam como a recitação e canto da frase: "No próximo ano em Jerusalém!".
No calendário judaico Tishá b’Av (nono dia do mês de Av), relembra a destruição
do primeiro e segundo templos de Jerusalém através da prática de um jejum.
Durante este dia na cidade, centenas de pessoas dirigem-se ao Muro das
Lamentações, onde rezam e choram.
Representação da Paixão de Cristo na Via Dolorosa.
Para o cristianismo, Jerusalém é o local onde Jesus Cristo viveu os seus
últimos dias e onde foi crucificado. A primeira comunidade cristã nasceu
em Jerusalém, sendo constituída pelos apóstolos. No islão, Jerusalém é
a terceira cidade mais sagrada do mundo, após Meca e Medina. Este estatuto
relaciona-se com a sua associação aos profetas do monoteísmo, mas sobretudo
pela tradição muçulmana afirmar que Muhammad foi para ali levado numa
viagem noturna conhecida como Isra, tendo depois ascendido ao céu no local
onde hoje está a Cúpula da Rocha.
Para além da peregrinação obrigatória a Meca (Hajj), que todo o muçulmano
deve fazer pelo menos uma vez na vida, existe também a tradição da realização
de uma peregrinação a Jerusalém. A localidade foi durante muito tempo
o ponto de partida de uma peregrinação regional feita ao túmulo do "Nabi
Musa" em Jericó, local onde os muçulmanos acreditam que se situa o túmulo
do profeta bíblico Moisés (esta peregrinação deixou de ser feita nos anos
50 do século XX).
História
Reconstituição do Templo de Salomão
Há vestígios de povoamento com carácter fixo desde o século XX a.C. Foi
alvo de conquistas por vários povos, entre as quais a do David no final
do século XI a.C., e a do rei babilônio Nabucodonosor II, que teria destruído
a cidade e o famoso Templo de Salomão em 586 a.C., ocasião em que os hebreus
foram levados como escravos para a Babilônia.
O domínio romano
Aelia Capitolina. Em 63 a.C. a cidade foi tomada pelo general romano Pompeu,
mas a conquista não implicou a sua destruição. Jerusalém torna-se capital
do reino de Herodes, o Grande, um reino-cliente do Império Romano. Herodes
lançou uma série de projetos que visavam restaurar Jerusalém e ganhar
a simpatia dos judeus. Entre estes destaca-se a restauração do Segundo
Templo, no qual gastou vastas somas de dinheiro. Foi este templo que Jesus
Cristo conheceu e visitou. Para além disso, Herodes construiu um grande
palácio na parte ocidental da cidade e um teatro. Mais tarde, o prefeito
romano Pôncio Pilatos ordenou a construção de um aqueduto.
O Muro das Lamentações durante o Pessach, em 2004.
Em 70 d.C. Tito, filho do imperador romano Vespasiano, toma e destrói
Jerusalém como forma de esmagar uma revolta iniciada em 66 d.C.. O Templo
foi destruído por um incêndio e dele só ficou a muralha ocidental em seu
redor, que ficou conhecida como "Muro das Lamentações". Em 129-130 o imperador
Adriano visita a cidade e decide pela sua reconstrução segundo um plano
completamente novo. Adriano renomeou a cidade de Aelia Capitolina. Porém,
a reconstrução teve que aguardar, pois em 132 inicia-se a revolta judaica
de Bar Kokba que durará até 135. Com o esmagamento desta revolta pelos
romanos, o imperador Adriano ordena a interdição dos judeus habitarem
a cidade.
Planta da igreja do Santo Sepulcro.
Em 324 o imperador Constantino decide que a cidade deve regressar ao seu
nome antigo de Jerusalém. Estimulado pela sua mãe Helena o imperador cristianiza
a cidade, dotando-a de várias igrejas, como a do Santo Sepulcro. A imperatriz
bizantina Eudocia autoriza o regresso dos judeus a Jerusalém (438) e manda
construir a norte da cidade a Igreja de Santo Estêvão. Durante o período
bizantino viria ainda a ser erigida a Igreja Néa, que o imperador Justiniano
I dedicou à Virgem Maria (543).
Em 614 a invasão persa da cidade traduziu-se na destruição das muitas
igrejas existentes. Jerusalém retornaria às mãos dos bizantinos em 628
com o imperador Heráclio, mas por apenas por mais uma década. O primeiro
período islâmico Em 638 o califa Omar conquista Jerusalém. Duas mesquitas
são construídas na área da esplanada do Templo: A Cúpula da Rocha (691)
e a Mesquita de Al-Aqsa (715), que ainda se encontram no local, embora
restauradas várias vezes (sobretudo a Mesquita de Al-Aqsa). A população
judaica e cristã da cidade era tolerada sob o domínio dos Omíadas e dos
Abássidas, mas a situação alterou-se com a chegada dos Fatimidas ao poder
em 969. O califa el-Hakim (996-1020) persegue cristãos e judeus e pretende
destruir todas as igrejas e sinagogas. Os Turcos Seljúcidas conquistaram
a cidade em 1071 e destroem o Santo Sepulcro.
A notícia das perseguições aos cristãos e da destruição daquele espaço
religioso geraram indignação na Europa, de onde são lançadas as Cruzadas.
O período das Cruzadas
A Captura de Jerusalém durante a Primeira Cruzada, 1099, de um manuscrito
medieval.A 15 de Julho de 1099 Godofredo de Bulhão, chefe da Primeira
Cruzada, toma a cidade e faz dela a capital do Reino Latino de Jerusalém
que terá como primeiro monarca o seu irmão Balduíno I. Jerusalém volta
a ser uma cidade de maioria cristã, onde se fala a língua francesa. São
construídas novas igrejas, entre as quais se deve salientar a Igreja de
Santa Ana, e o Santo Sepulcro é reconstruído. Em 1187, o chefe muçulmano
Saladino toma a cidade aos cristãos.
Lista dos Reis de Jerusalém
Por ordem cronológica Balduino I du Bourcq, príncipe de Edessa, rei de
Jerusalém. Balduino III de Anjou, rei de Jerusalém (1131 - ?) Amalric
I de Anjou, rei de Jerusalém (1136 - ?) João I de Brienne, imperador de
Constantinopla (1148 -1237) Guy de Lusignan, rei de Chipre e Jerusalém
(1150 - ?) Conrad I de Montferrato, rei de Jerusalém (1160 - ?) Luis II
de Anjou, rei titular de Nápoles (1377 - ?)
O período mameluco e otomano Em meados do século XIII Jerusalém passou
para as mãos dos Mamelucos do Egipto e a cidade foi perdendo o dinamismo
que conhecera no passado, deixando de desempenhar um papel político, uma
vez que os Mamelucos governavam a partir do Cairo. Em compensação a cidade
torna-se um centro de estudos religiosos muçulmanos e a chegada em 1267
do rabino Moshe Ben Nahman da Península Ibérica traduziu-se no reavivar
da comunidade judaica em Jerusalém.
A expulsão dos judeus da Espanha em 1492 conduziu muitos à cidade. Hierosolima,
de Hartmann Schedel, é a mais antiga ilustração impressa de Jerusalém
(do Liber Cronicarum)Em 1517 a Palestina e a cidade de Jerusalém caem
sob o domínio otomano que duraria até 1917. Sob o domínio do sultão Solimão,
O Magnífico Jerusalém conhece a paz e a tolerância religiosa, tendo o
sultão ordenado a reconstrução das muralhas. Durante este período a cidade
permaneceu aberta às três religiões monoteístas.
Em meados do século XIX o aumento demográfico implicou o crescimento da
cidade para fora das suas antigas muralhas. O período contemporâneo e
Guerra Fria Em 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, o general britânico
Edmund Allenby tomou a cidade aos Otomanos. Os britânicos tornaram-se
administradores da Palestina (termo que na altura se referia a uma área
que é hoje ocupada por Israel, Faixa de Gaza, Cisjordânia e reino da Jordânia),
de acordo com o mandato atribuído pela Liga das Nações e que terminou
em 1948.
A cidade de Jerusalém foi durante este período a capital deste território.
Entretanto, os conflitos entre os árabes e sionistas rebentam na década
de vinte. Após o fim da Segunda Guerra Mundial alguns militantes sionistas
iniciaram uma série de ataques bombistas contra os britânicos, entre os
quais o ataque dos membros do Irgun ao hotel King David em 1946, que na
época servia temporariamente como sede do poder britânico. Em 1947 as
Nações Unidas estabeleceram um plano que visava dividir a Palestina em
dois estados, um judeu e um árabe.
O plano previa que Jerusalém fosse uma cidade administrada pela comunidade
internacional, com o estatuto de corpum separatum (em latim, "corpo separado"),
sendo governada por um administrador designado pela ONU. Durante a primeira
guerra entre o novo estado de Israel e os árabes, a cidade de Jerusalém
foi um dos palcos do conflito. As forças da Jordânia entram em Jerusalém
e tomam a zona oriental (onde se situam os locais sagrados), enquanto
que as forças de Israel tomaram a zona ocidental, que tinham crescido
durante a administração britânica e onde se situava o centro económico
e as novas zonas residenciais. O armistício assinado entre Israel e a
Jordânia a 3 de Abril de 1949 reconhecia a soberania de cada parte sobre
as zonas conquistadas durante o conflito. Em 1950 Israel fez de Jerusalém
a sua capital.
Durante a Guerra dos Seis Dias, em Junho de 1967, as forças israelitas
tomam a zona oriental aos jordanos e a Knesset decreta a reunificação
da cidade. Em 1980 uma lei da Knesset declara que Jerusalém é a "capital
eterna de Israel", mas o Conselho de Segurança das Nações Unidas não reconhece
esta lei (resolução 478). Durante a primeira Intifada (1987-1993), a tensão
entra a comunidade judaica e a comunidade muçulmana cresceu, e no ano
de 1990 estalaram confrontos particularmente violentos entre o exército
israelita e as forças contestárias.
O acordo de paz de 1993 levaria ao aparecimento na cidade de algumas instituições
políticas e culturais ligadas aos palestinianos, ao mesmo tempo que cresciam
novas zonas residenciais judias ao sul e ao norte. Em Setembro de 1996
surgem novos conflitos entre os palestinianos e o exército israelita,
alegadamente motivados pela construção de um túnel entre o Muro das Lamentações
e a Via Dolorosa, que os palestinianos argumentavam colocar em risco as
mesquitas sagradas de Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha.
No ano 2000, o papa João Paulo II deslocou-se a Jerusalém, tendo visitado
os locais sagrados do cristianismo e uma mesquita. O papa aproveitou a
ocasião para reafirmar o pedido de desculpas pelo passado antisemita da
Igreja Católica, tendo realizado uma oração no Muro das Lamentações.
Em Outubro do mesmo ano a violência entre israelitas e palestinianos regressou,
sob protexto da visita do político israelita Ariel Sharon à Esplanada
das Mesquitas, que terá sido o motivo para o início da segunda Intifada.
O estatuto definitivo de Jerusalém é um dos pontos mais delicados do conflito
israelo-palestianiano. A Autoridade Nacional Palestiniana aspira fazer
de Jerusalém Oriental a capital de um futuro estado independente palestiniano,
mas ao mesmo tempo Israel não abdica da sua soberania em Jerusalém."
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