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Ratos.
Quem não se lembra do famoso clássico da Disney Bernardo
e Bianca? Lindos e corajosos, os dois camundongos queriam salvar a vida
de uma doce garotinha. Fora da fantasia, a história é bem
diferente.
Se pensarmos bem, não é difícil de imaginar o quanto
esses bichinhos podem ser perigosos aos homens e aos outros animais, uma
vez que eles gostam de viver em lugares muito sujos e sem saneamento básico.
Os roedores, como assim são conhecidos os ratos, possuem em seu
rim uma bactéria
chamada Leptospira, que causa a leptospirose, uma doença que tem
cura, mas que se não for tratada
a tempo, pode matar.
A leptospirose é adquirida pela urina dos ratos. Sua transmissão
acontece por meio da água e dos alimentos contaminados, ou por
contato da urina com a pele machucada. No caso dos animais domésticos
existem vacinas, mas ainda não se sabe ao certo se elas têm
total eficácia. Para nós, não há chance: não
existem vacinas contra esse mal.
Na época das chuvas, especificamente quando acontecem as enchentes,
a doença se propaga mais, pois pode haver transbordamento de águas
misturadas à urina. Contudo, enganam-se aqueles que pensam que
a leptospirose só aparece nas grandes cidades, ela pode sim, em
menor quantidade, ocorrer na zona rural, já que as pessoas andam
com freqüência descalças. Mas as metrópoles são,
na verdade, grandes “hotéis” dessa doença, porque
existe muita gente morando à beira de córregos, em locais
sem água tratada e rede de esgotos, com falta de higiene e habitação.
Considerando-se além da questão da saúde, o aspecto
econômico também não é um ponto a se desprezar,
pois a leptospirose acarreta sérios prejuízos, pelo fato
de o tratamento requerer o uso de antibióticos, internações
e, conseqüentemente, afastamento do trabalho, o que não é
nada barato.
A leptospirose pode ficar “escondida” em nosso corpo por 5
a 18 dias. Na primeira semana, a pessoa sente febre, dor de cabeça,
mal-estar, dores no corpo e cansaço. Em casos mais graves, ou quando
não houver socorro médico a tempo, ela pode destruir nosso
fígado ou rins e desenvolver a meningite, uma outra doença
muito grave, levando à morte.
Em meio a todo esse perigo, muito podemos fazer para afastá-la
do nosso convívio. Isso significa ter boas condições
de higiene, não tomar contato com águas de enchente, limpar
sempre a caixa d’água de nossa casa (usando luvas e botas
de borracha para isso), evitar nadar em rios e lagos, cuidar dos animais
domésticos etc. Então, só nos resta aconselhar: mãos
à obra na limpeza, para fazer valer o ditado popular “eles
lá e nós cá”.
Colaboração: Cet Objetivo Tambaú
(www.cetobjetivo.jeitoetalento.com)
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